quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dying...


QUATRO (MALDITAS) PAREDES

A cada minuto que passa, sinto enfraquecer um pouco mais.
Cada suspiro que eu dou parece ser o último de minha existência.
Meu sangue flui lentamente por minhas veias quase secas.
Meus ouvidos ouvem o barulho da chuva lançando suas gotas em minha janela.
Olho para o teto esperando ver um anjo descer e me puxar pela mão.

Como eu gostaria que a morte chegasse mais perto de mim!
A morte não pode ser pior do que essa prisão que chamam de vida.

Eu não posso viver, não posso morrer!
Apenas posso esperar...

Eu queria caminhar até o lado de fora e sentir as gotas de chuva encharcarem meu rosto.
Me sentir vivo mais uma vez.

Mas a distância entre mim e o mundo lá fora é grande demais, embora não pareça ser.

Sou apenas um exemplar de um humano sem alma.
Só mais um olhar vazio.

Eu grito por dentro mas ninguém pode me ouvir!

Não posso chamar isto de vida.
Não me sinto capaz de me considerar humano.

Apenas posso esperar para que em breve eu posso fechar meus olhos e nunca mais os abrir.
Só então estarei livre...

Um comentário: