sábado, 28 de janeiro de 2012

Crimson deep...


ESMERALDA LÍQUIDA

Eu me alegro ao ver meu sonho todas as manhãs em uma moldura na parede.
Se ao menos eu pudesse tocá-lo...

Cabelos de folhas de outono.
Olhos de esmeralda líquida.
Pele como a neve que eu não conheço.
Sorriso de brilho de sóis gloriosos.

És tu!

Ausência do medo...
Eu gosto quando eu sinto isso.
E você traz isso pra mim.

Silêncio intocável nos separa.
Uma pontada compreensível de dor me atinge.
O outro lado da cama está vazio.
Tão vazio quanto o meu desejo.
O desejo que não conseguiu encontrar um harém que não fosse você!

Eu desperdiçaria o meu hoje e apostaria todos os meus amanhãs para ter apenas um minuto.
Um minuto para segurar a sua mão.

Apolo flamejante, és tua a minha sanidade.

Eu vou me perder.
E espero que você possa me buscar.
Para juntos encontrarmos o que ninguém jamais encontrou.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Dark clouds in a perfect sky...


NOSTALGIA

Uma breve lembrança me tomou por inteiro.
Um doce som me fez recordar dos límpidos dias de infância.

Aqueles dias...

Nos lindos campos de flores amarelas.
Quando o vento soprava eu sorria.
Todos pareciam ser puros e simples ao meu olhar.

Em meus sonhos havia anjos que vinham todas as noites para brincar comigo.
Eu era feliz, eu era inocente.

Mas um dia tudo mudou...

Nuvens negras encobriram meu céu perfeito.
As flores secaram.
E então as lágrimas tomaram seu caminho rosto á baixo.

Agora eu sinto que toda a inocência está morta.
Só tenho o silêncio de minhas memórias interrompidas.

Tudo acabou, tudo se foi...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

I'll pay you to shoot him now...


MENTE PEQUENA

Mais uma manhã cinzenta.
Os seres de pensamento pequeno levantam de seus leitos
para espalhar um pouco mais de lama em nossos lençóis
brancos.

Alimentando nossa boa vontade com peixes podres.
E o pão já não sustenta mais.
Sedentos por ignorância, bloqueando nosso caminho.

Enlouqueci mais de uma vez desde as 5 da manhã.
Fraquejei ao fortalecer a paciência, recusando-me a pedir
perdão.

Meus ouvidos conseguem ouvir o caminhar de suas botas
sujas de sangue e poeira.
Poeira dos perdedores, poeira dos fracos que alçam suas
solas indignas.

O estremecer de minhas mãos se torna cada vez mais
constante e intenso.
Suas vozes, hora estridentes e hora lúgubres, me fazem ter um mau presságio.

Almejo a capacidade de poder espantá-los.
Expulsá-los desta existência, da qual não merecem fazer
parte.

Homens de mente pequena.
Homens de palavras grosseiras.
Sendo esse o modo correto ou não, de qualquer forma eu
os odeio!
Eu os odeio!

Pequenos pedaços de nada incumbidos com a tarefa de
atormentar, diminuir e desmerecer vidas.
Voltem todos para os seus ninhos fétidos e desgrenhados.
Deixem-me em paz!