quinta-feira, 25 de novembro de 2010

At least my cage is filled with light...


JAULA

Eu vivo em uma jaula sem trancas, correntes e cadeados
Daqui eu olho para o relógio e percebo que os ponteiros continuam parados.
Tenho uma parcela de liberdade mas ainda sim, continuo preso
Me sentindo impotente, fraco e tendo que suportar a dor de um enorme peso.
O portão da minha jaula é livre e está sempre aberto
Mesmo assim ninguém nunca se atreve a chegar perto.
Aqui dentro eu não tenho muito o que fazer a não ser sonhar
Sonhar que algum dia alguém virá e daqui irá me tirar.
Ás vezes, quando está frio, despercebidamente algumas lágrimas caem
Principalmente quando os pensamentos ruins entram e os bons saem.
Eu já me esqueci do que significa escolher, sentir ou amar
Ás vezes, esqueço até de como respirar, e quando me dou conta estou prestes a sufocar.
Aqui dentro nada mais me interessa, muito menos me seduz
Mas me sinto grato e agradeço toda noite, pois *ao menos a minha jaula é cheia de luz.



* Trecho extraído de um poema sem nome criado por Madonna Louise Ciccone.

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